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Olhando para o seu Almoxarifado, você já parou para pensar qual seria o tamanho de seu estoque ideal (R$)? Quanto você tem no estoque de acordo com aquilo você se propôs a ter? Quanto você tem a mais do que se propôs a ter, e quanto você tem e não deveria ter? Bom, é possível ter essa visão segregando os estoque em três partes:
Estoque Ideal: tudo aquilo que você se propôs a ter, levando em consideração os parâmetros de reposição (ponto de reposição, lote minimo, estoque máximo);
Estoque em Excesso: tudo aquilo que você tem a mais do que se propôs a ter;
Como assim? Como gero meus estoques em excesso? Você está fazendo uma boa gestão das reservas cancelando-as quando não forem mais necessárias de modo a não ter que comprar mais do que precisa? O volume de devoluções ao Almoxarifado é baixo? Você revisa periodicamente os parâmetros de reposição para mais ou para menos, sempre em linha com as demandas? Se a resposta for NÃO para alguma dessas perguntas, você pode estar gerando estoques em excessos;
Não Estoque: tudo aquilo que você tem no Almoxarifado, mas não deveria ter;
Como assim? Como posso ter um item não estoque no estoque? Bom, se ele não possui parâmetros de reposição e mesmo assim possui saldo, sim, ele é um item não estoque no estoque. Isso pode acontecer principalmente pela inativação de equipamentos e a revisão (exclusão) do MRP das spare parts, e também em virtude de não uso dos materiais solicitados por outras áreas (o problema é mais grave se existir no Almoxarifado itens não estoque e sem saldo contábil, provenientes de compras de aplicação direta). Com o indicador de composição dos estoques e a visão clara do % do estoque ideal, em excesso e não estoque, é possível diagnosticar falhas no processo e estabelecer metas e ações para trazer o Almoxarifado dentro da normalidade, ou seja, deixar o estoque ideal mais próximo possível de 100%.
Possíveis falhas (e ao contrário, as possíveis ações): que influenciam na composição dos estoques indiretos: falta de revisão constantes dos parâmetros de reposição, falta de lista técnica de equipamentos, compras incorretas sem registros de não conformidade, falta de política de estoque para inclusão de novos itens, com aprovações por alçadas e analise de criticidade, falta de aproveitamento interno dos materiais através de transferências entre unidades analisando antes de fazer uma nova solicitação de compras, falta de bloqueio sistêmico para compras de itens não estoque e/ou em excesso, falta de gestão para as sobras/excessos de solicitações debito direto (principalmente Paradas e Investimentos).
Enfim, itens em excesso e não estoque precisam ser eliminados…
Autor: Julio Cesar Rodrigues de Souza – Coordenador de Almoxarifado Corporativo e Cadastros na Galvani Fertilizantes
Fonte: Linkedin
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